sábado, 27 de fevereiro de 2010

Espiritualidade


A espiritualidade é algo que podemos cultivar. Ser espiritual significa ser estável, calmo e pacífico e ser capaz de olhar profundamente para dentro e para fora de nós. Siginifica termos a capacidade de lidar com nossas aflições: nossa raiva, ânsia, desespero e discriminação. É a capacidade de ver a natureza do interser entre as pessoas, nações, raças e todas as formas de vida. A espiritualidade deixou de ser um luxo; temos que cultivá-la para superar as dificuldades de nossa época.

Thich Nhat Hanh - Eu Busco Refúgio na Sangha : Um Caminho Espiritual

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Há beleza ao seu redor



Desperte para um novo dia com a disposição de regozijar-se com a beleza implícita nas coisas mais simples.


Coloque sentimento em tudo o que fizer, um sentimento profundo que irrompe do seu âmago e o faz sentir o quão belo é existir.

Respire profundamente. Aspire o aroma da vida. Sinta que a delicadeza de todas as flores perfumam seu caminho.

Abra os olhos e não apenas veja: enxergue. A natureza lhe brinda a cada dia com espetáculos de esplendorosa beleza. Não temas de se encantar com o crepúsculo, com um raio de sol ou com o sutil brilho da estrela solitária.

Brinde a vida através da água que bebe, límpida e cristalina. Sorva a doçura de todas as frutas, de todos os beijos, de todos os olhares...

Escute o sussurro do vento e o silêncio, prazeroso e fecundo silêncio.

Sinta o carinho amigo, o abraço sincero, o conforto do seu lar.

Mergulhe em sua morada e sinta o amor profundo que habita seu ser, amor incondicional, que independe de fatores externos. Torne-o um belo alicerce da sua auto-suficiência. Deixe a felicidade incondicional e sincera transbordar... transbordar para transmutar tudo o que fizer

Thich Nhat Hahn

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Por que palavras?

Um monge aproximou-se de seu mestre - que se encontrava em meditação no pátio do Templo à luz da lua - com uma grande dúvida:


"Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório; e diante das palavras, o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que os Sutras e as recitações são feitas de palavras; que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Dharma está além dos termos, porque os termos são usados para defini-lo?"

O velho sábio respondeu:" As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida de saber olhar para a Lua, não se preocupe com o dedo que a aponta."

O monge replicou: "Mas eu não poderia olhar a Lua, sem precisar que algum dedo alheio a indique?"

"Poderia," confirmou o mestre, "e assim tu o farás, pois ninguém mais pode olhar a lua por ti. As palavras são como bolhas de sabão: frágeis e inconsistentes, desaparecem quando em contato prolongado com o ar. A Lua está e sempre esteve à vista. O Dharma é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio."

"Então," o monge perguntou," por que os homens precisam que lhes seja revelado o que já é de seu conhecimento?"

"Porque," completou o sábio, "da mesma forma que ver a Lua todas as noites faz com que os homens se esqueçam dela pelo simples costume de aceitar sua existência como fato consumado, assim também os homens não confiam na Verdade já revelada pelo simples fato dela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Desta forma, as palavras são um subterfúgio, um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que é necessário."

O mestre ficou em silêncio durante muito tempo. Então, de súbito, simplesmente apontou para a lua.

Tam Hyuen Van

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pense...


" Você contempla as estrelas no espaço, mas conserva inexplorado o céu interior. Vasculha a vida alheia assinalando erros e falando mal das pessoas, mas não cuida de analisar seus próprios pensamentos, atos e emoções para julgar se são bons ou maus. Os erros que nos outros você vê não passam de projeções dos seus próprios; o bem que nos outros observa é o reflexo de sua própria bondade. Só mediante a meditação (dhyana) você poderá cultivar o bem-ver, o bem-ouvir, o bem-pensar e o bem-agir.”

Sai Baba

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Poder do Pensamento

O maior instrumento de poder de que se tem noticia se encontra dentre de nós!
O nosso pensamento.

Como a eletricidade, o pensamento pode ter resultados de acordo com o uso que se faz dele.
O fato é que estamos continuamente interagindo com o cosmos, emitindo e recebendo vibrações, e assim, criando as experiências que vivemos.

Ao tormar consciência do poder do pensamento, conquistamos a chave para abrir as portas que levam a realizações dos nossos desejos mais profundos.

Depois de Einstein e da física quântica não há como negar que, em essência, somos energia.
E essa energia se consubstancia na matéria, se transformando em corpo, mente, emoção.

Se temos bons pensamentos e nos mantemos em sintonia com as correntes vibratorias carregadas de energia positiva, nos tornamos capazes de realizar as ações que nos levarão a felicidade.

Temos a opção de escolher a cada momento, a que abrigamos em nossas mentes.

O universo funciona como um espelho e tudo aquilo que transmitimos, retorna para nós amplificado.

Jael Klein Coaracy

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Zen budismo na vida e no trabalho


O zenbudismo pode significar uma fonte inspiradora para o paradigma

ocidental em crise bem como para a vida cotidiana. Isso porque o zen não é

uma teoria ou filosofia. É uma prática de vida que se inscreve na tradição

das grandes sabedorias da humanidade. O zen pode ser vivido pelas mais

diferentes pessoas, simples donas de casa, empresários e pessoas religiosas

de diferentes credos.

O centro para o zenbudismo não está na razão, tão importante para a nossa

cultura ocidental. Mas na consciência. Para nós a consciência é algo mental.

Para o zenbudismo cada sentido corporal possui a sua consciência: a visão, o

olfato, o paladar, a audição e o tato. Um sexto é a razão. Tudo se

concentra em ativar com a maior atenção possível cada uma destas

consciências, a partir das coisas do dia-a-dia. Possuir uma atitude zen é

discernir cada nuance do verde, perceber cada ruido, sentir cada cheiro,

aperceber-se de cada toque. E estar atento às perlambulações da razão no seu

fluxo interminável.

Por isso, o zen se constrói sobre a concentração, a atenção, o cuidado e a

inteireza em tudo aquilo que se faz. Por exemplo, expulsar um gato da

poltrona pode ser zen; também libertar os cachorros do canil e deixá-lo

correr pelo no jardim. Conta-se que um guerreiro samurai antes de uma

batalha visitou um mestre zen e lhe perguntou: ³que é o céu e o inferno²? O

mestre respondeu: ³para gente armada como você não perco nenhum minuto². O samurai enfurecido tirou a espada e disse:²por tal senvergonhice poderia matá-lo agora mesmo². E ai disse-lhe calmamente o mestre:²eis ai o inferno². O samurai caiu em si com a calma do mestre, meteu a espada na bainha e foi embora. E o mestre lhe gritou atrás:²eis ai o céu.²

O que a atitude zen visa, é a completa integração da pessoa com a realidade

que vive.

Deparamo-nos no meio de diferenças, compartimentando nossa vida. O

zen busca o vazio. Mas esse vazio não é vazio. É o espaço livre no qual tudo

pode se formar. Por isso não podemos ficar presos a isto e àquilo. Quando um

discípulo perguntou ao mestre:²quem somos²? respondeu apontando simplesmente para o universo: ³somos tudo isso². Você é a planta, a árvore, a montanha, a estrela, o inteiro universo. Quando nos concentramos totalmente em tais realidades, nos identificamos com elas. Mas isso só é possível se ficarmos vazios e permitirmos que as coisas nos tomem totalmente. O pequeno eu desaparece para surgir o eu profundo. Então somos um com o todo. Este caminho exige muita disciplina. Não é nada fácil ultrapassar as flutuações de cada uma das consciências e criar um centro unificador.

Há uma base cosmológica para a busca desta unidade originária. Hoje sabemos

que todos os seres provém dos elementos físicoquímicos que se forjaram no

coração das grandes estrelas vermelhas que depois explodiram. Todos

estávamos um dia juntos naquele coração incandecente. Guardamos uma memória cósmica desta nossa ancestralidade.

Depois, sabemos também que possuimos o mesmo código genético de base

presente em todos os demais seres vivos. Viemos de uma bactéria primordial

surgida há 3,8 bilhões de anos. Formamos a única e sagrada comunidade de

vida.

Ao buscar um centro unificador, o zen nos convida a fazer esta viagem

interior. É desnecessário dizer que tudo isso vale para todos mas principalmente para mim.

Texto de Leonardo Boff - Teólogo

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Poeira de nossos corações


O Caminho do jardim!

Longe do fluir do mundo

esse Caminho permanece para nós.

Por que não sacudir logo aqui

A poeira de nossos corações?

Rikyu

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pensamentos de Chico Xavier


"Em toda situação, seleciona palavras e atitudes que possam efetivamente ajudar.
Ante as falhas alheias, não procedas irrefletidamente, censurando ou aprovando isso ou aquilo, sem análise justa, a pretexto de assegurar a harmonia, mas define-te com bondade, providenciando corretivos aconselháveis, sem alarde e sem aspereza."

(Emmanuel)